17/06/2009

Sou uma pergunta ou uma resposta?

Creio que todos reconhecemos a necessidade de pessoas inspiradoras no nosso percurso de vida. Elas desafiam-nos, motivam-nos e "empurram-nos" para o futuro. Neste tempo de dificuldade generalizada parece que se instalou uma desmotivação global em todos , ou quase todos, os sectores da sociedade. Mais do que nunca pessoas inspiradoras são um bem essencial, quase higiénico, num mundo mergulhado em pessimismo e com os níveis de confiança e esperança no futuro muito em baixo. Pedimos, imploramos, exigimos, ou se formos homens e mulheres de fé, oramos e suplicamos a Deus que nos envie esse tipo de pessoas ao nosso percurso de vida, de maneira a recebermos esse tal "input" que tanto ansiamos. Procuramos desesperadamente respostas para as nossas necessidades, precisamos que alguém nos ouça e nos envie uma resposta. Sim porque nós precisamos de respostas ás nossas dúvidas e anseios. Sim porque nós temos necessidades que precisam de ser supridas. Alguém tem de nos ouvir, seja ele Deus, governo, patrão, pai ou mãe, mas alguém tem de nos ouvir e dar uma resposta. Pessoalmente creio que a grande tragédia desta sociedade pós moderna iluminada, cheia de direitos para tudo e mais alguma coisa, é que há muita gente a fazer perguntas e pouca gente a ser resposta. Estar do lado da pergunta é estar do lado do direito adquirido, estar do lado da resposta é estar do lado da responsabilidade assumida. É urgente uma mudança de mentalidade, sob pena de nos afogarmos numa torrente pessimista e fatalista, alimentada de questões, que por tantas serem, nunca vão encontrar resposta, apenas roubam a nossa paz e equilíbrio. Uma mudança de paradigma em que ao invés de exigir soluções  passamos a ser essa solução, torna-mo-nos a resposta em vez de interlocutores  do pedido. Muita gente com fé em Deus gasta mais tempo a pedir ao Divino por uma resposta em vez de fazerem alguma coisa para serem essa mesma resposta. Eu penso que é bem precisa mais fé para ser resposta do que para fazer pedidos.  Não se constrói uma vida com propósito baseada exclusivamente em direitos, mas sim em responsabilidades. O titulo deste post é ambíguo pois ele mesmo é uma pergunta mas subentende uma critica ao estilo de vida baseado em questões e direitos e não em respostas e responsabilidades. Não será este titulo uma expressão da nossa sociedade ambígua que exige aquilo que não está disposta a fazer?

Como acredito que podemos sempre terminar melhor do que como começamos, termino dizendo: EU QUERO SER UMA RESPOSTA E UMA INSPIRAÇÃO!!